São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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A RAINHA DA FESTA

GEORGE ALONSO; MARCOS AUGUSTO GONÇALVES

(continuação)
Ela pesa entre 369 e 453 gramas. A cintura oscila de 68 a 71,5 cm. É pequena e gorducha, mas é a dona da festa: até o dia 17 de julho, estará sendo disputada por 528 atléticos rapazes de 24 nacionalidades. A tentativa de conquistá-la será acompanhada pela televisão em 190 países, ao longo dos 4.680 minutos em que acontecerão os 52 jogos da Copa nos Estados Unidos.
O maior sucesso de bilheteria do planeta chama-se Questra. É a bola oficial da Copa e a última encarnação de uma mania mundial. O nome é inspirado no inglês "quest" (busca). De origem alemã, nascida na França e sustentada por capital britânico, é fabricada pela Adidas, multinacional de materiais esportivos. Já foram vendidas até aqui, em todo o mundo, cerca de 3 milhões –ao preço médio de US$ 18 cada.
Para o torneio disputado nos EUA, 2 mil delas foram colocadas à disposição da Fifa (Federação Internacional de Futebol Association). Confeccionada com poliuretano, material sintético derivado da borracha, a Questra tem 32 gomos –20 hexágonos e 12 pentágonos– unidos à mão. Explica o fabricante que ainda não há máquina capaz de substituir os dedos humanos na hora de costurar o brinquedo que se joga com os pés.
A principal novidade da Questra é o recheio de espuma de polietileno. Comprimida pelo impacto com o pé, ela volta rapidamente ao formato inicial, aumentando a velocidade do chute em mais de 10%. Em média, um jogador profissional consegue impulsionar a bola a 96 km/h. Com a Questra, o mesmo arremate poderia chegar a 110 km/h.
Imagine o que faria com ela José Macia, 59, o Pepe, ex-ponteiro esquerdo do Santos e da seleção brasileira. Conhecido em tempos santistas (jogou de 1954 a 69) como o "Canhão da Vila", de sua perna esquerda chegou a ser disparado um bólido a 122 km/h, segundo medição de um assistente técnico do clube.
(continua)

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