São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Honda 750 mostra fôlego contra importadas
JOTA SANTANA
Com motor de quatro cilindros em linha refrigerado a ar de 747 cc e 83 cv, apresenta desempenho à altura de motocicletas estrangeiras similares. O modelo nacional perde em tecnologia empregada. Quando foi lançado, em 1986, tinha mais recursos técnicos. Trazia aro de 16 polegadas na dianteira (melhor para altas performances) e sistema anti-mergulho na suspensão dianteira (que impede a frente de afundar em freadas fortes, com perda de estabilidade). Hoje monta aros de 18 polegadas nas duas rodas e a suspensão dianteira é convencional. Mesmo assim proporciona boa estabilidade ao piloto e permite longas viagens com segurança. Adaptada às condições do país, a maior moto nacional tem como pontos a favor a facilidade de manutenção em toda a rede de revendas Honda do país e o menor custo de manutenção. Tem ainda a "segurança" extra de não chamar tanto a atenção quanto uma importada. Custando 12,4 mil URVs, concorre em preço com as japonesas Suzuki ZSX 750F, de US$ 12,5 mil e Kawasaki VN 500, de US$ 12 mil. O dólar comercial é praticamente equivalente à URV. A dirigibilidade do modelo é agradável. Com força em baixas rotações para o uso urbano e agressividade em regime elevado de giros (para tocadas esportivas ou ultrapassagens em estradas), o motor de 750 cc é mais do que se pode usar nas estradas brasileiras. O motor tem quatro carburadores e quatro válvulas por cilindro, com radiador de óleo. É bastante conhecido e confiável. A maneabilidade em cidade é favorecida pelo baixo peso, de 252 kg, além da pequena largura, que permite a passagem em locais estreitos. O design do modelo, dotado de carenagem integral, ainda é atual e agradável, apesar de já não ser mais a última moda em estilo. Com grafismo renovado a cada ano, o modelo consegue manter-se atraente. Ainda infunde aquele providencial respeito. Como pontos fracos surgem a ausência de protetores para a mão, o que aumenta o frio em viagens longas. O acessório poderia ser oferecido como opcional. A ausência de bagageiro para amarrar bagagem é um obstáculo extra em longas viagens. Acondicionadas sobre o banco, no lugar do garupa, as malas têm maior tendência a escorregar. Os espelhos retrovisores também são pequenos demais, dificultando a visão para trás. O modelo tem freios com discos duplos na frente e disco único na traseira. A grande motocicleta pára em distâncias seguram mesmo em velocidades elevadas. Texto Anterior: Veja como anda uma 'gaiola' de cross Próximo Texto: Jet skies navegam pelo Tietê "limpo" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |