São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Brasileiro encontra o "pequeno buda"
MANOEL MORGADO
O lugar natural foi Dharamsala, no Estado de Himashal Pradesh, onde vive o Dalai lama (sacerdote budista) desde 1959, quando foi obrigado a se exilar na Índia devido à invasão chinesa do Tibete. Por informações de outros viajantes, soube que um monastério de lá organizava cursos. Após uma viagem de várias horas, deixei a católica Delhi e cheguei a Daramsala, no sopé do Himalaia. Caminhei 20 minutos até chegar a Tushita, um dos dois monastérios fundados pelo lama Zopa Rimpoche para divulgar o budismo aos ocidentais (o outro é o Kopan, nas proximidades de Kathmandu, Nepal). Em Tushita são ministrados cursos de dez dias. Acontecem quase todos os meses (exceção para julho, agosto e janeiro). A língua é o inglês. O programa ensina os fundamentos da filosofia budista e técnicas de meditação. Fiquei hospedado no monastério. A diária, em quartos duplos, com alimentação, custa apenas US$ 3/CR$ 7.000,00). O curso começou com 65 alunos de todas as partes do mundo. Alguns buscavam o lado místico. Outros tentavam entender melhor o país no qual estavam viajando. As atividades ocupavam quase o dia todo: meditação, aulas, discussões e muita leitura. Nesses 20 dias conheci Osel, um menino espanhol de apenas 4 anos, que acreditam ser a reencarnação do lama Yeshe –tema do filme "O Pequeno Buda". Osel foi descoberto na Espanha e levado para a Índia. Como eu falava espanhol, acabamos amigos. Parecia uma criança normal, que adorava brincar. Certa vez me levou a conhecer seu quarto onde, além de vários artigos religiosos, tinha uma foto sua e a do grande lama. Quando perguntei quem era, respondeu, sem titubear: Sou eu! Texto Anterior: Templo deve abrigar todos os budistas, diz Rinpoche Próximo Texto: Kathmandu deve ser explorada ao acaso Índice |
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