São Paulo, sábado, 25 de junho de 1994 |
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Promessa não afasta dúvidas
CLÓVIS ROSSI
Zimmerer lembrou a Lula que há, hoje, inúmeros países disputando a instalação de empresas alemãs e perguntou que condições o governo Lula ofereceria para que elas se instalem no Brasil. Lula fez um longo discurso sobre a criação de um mercado de massas, previsto no programa do partido, o que, na sua visão, beneficia também os exportadores, como, em geral, são tais firmas. "Não estamos opondo o mercado interno ao externo e, sim, propondo criar uma economia de escala que torne as empresas mais eficientes e mais capazes de competir no mercado externo", disse. "Ele esquece que nem sempre o que se produz para o mercado interno serve para exportar", rebateu Zimmerer depois à Folha. No caso específico da Siemens, o desencanto foi setorial: Lula não se comprometeu a concluir a usina nuclear de Angra-2, que está de 70% a 80% pronta e na qual a Siemens tem enorme interesse. "Uma ruína não será de proveito nem para o governo nem para a empresa", disse Anton Thaler, representante da Siemens. (CR) Texto Anterior: Lula promete a empresários mudar a Carta Próximo Texto: Leia a fala questionada por FHC Índice |
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