São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Grajew critica falta de dados

DA REPORTAGEM LOCAL

Na palestra, Grajew destacou a importância do levantamento de informações sobre o trabalho infantil para poder eliminá-lo.
Nessa linha, o empresário falou sobre o trabalho da repórter Jô Azevedo e da fotógrafa Iolanda Huzzak. As duas viajaram nove meses pelo país colhendo informações para o livro "Criança de Fibra", que está em fase de edição.
O projeto recebeu apoio da OIT (Organização Internacional para o Trabalho, da ONU) e da Fundação Abrinq.
A pesquisa traçou perfis de algumas das 2 milhões de crianças com idades entre 10 a 13 anos que trabalham no país.
A renda familiar dessas crianças varia entre menos de um salário mínimo e três salários mínimos.
"É um desastre, o futuro do país está praticamente inviabilizado com as crianças nesse estado de abandono", disse Grajew.
Marise Egger elogiou o projeto "Criança de Fibra" afirmando que "é a primeira vez em que as crianças falam sobre o sentimento que têm como trabalhadores".
Para ela, as crianças se revelam solidárias às suas famílias e conscientes de que o trabalho "rouba a possibilidade delas sonharem e serem crianças."

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