São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Brasil pode poupar titulares contra Suécia

UBIRATAN BRASIL
DO ENVIADO ESPECIAL A DETROIT

Parreira estuda escalação mais prudente
Técnico pensa em poupar Zinho e Ricardo Rocha na partida contra a Suécia para não agravar contusão
Com a classificação para as oitavas-de-final já garantida, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, não pretende correr riscos no jogo contra a Suécia, na terça-feira, em Detroit.
A partida servirá apenas para definir o primeiro colocado do Grupo B, que fará o jogo das oitavas em San Francisco.
O atacante Zinho, que sofreu uma pancada na coxa no jogo contra Camarões, na sexta-feira passada, foi analisado pelo médico Lídio de Toledo e liberado parcialmente para os treinamentos.
"Nossa maior preocupação é o Ricardo Rocha", disse o médico. "Vamos observar a reação dele no final de semana para saber se poderá jogar na terça-feira. Só entrará em campo se garantir que não sente mais nenhuma dor."
A seleção brasileira chegou a Detroit às três horas da madrugada de ontem. A viagem desde San Francisco atrasou uma hora e meia, devido ao mau tempo –desde a quinta-feira, uma massa polar modificou a temperatura em Detroit, provocando chuva intermitente e ventos.
No aeroporto Metropolitan, o principal da cidade, um forte esquema de segurança aguardava a seleção: quatro carros policiais, que conduziram os jogadores do avião fretado da Varig a um ônibus especial e os acompanharam até o hotel em Southfield, uma cidade-distrito de Detroit.
Alertados por membros da comissão técnica brasileira, os policiais obrigaram o ônibus a entrar pelo estacionamento privativo, temendo enfrentar torcedores na recepção.
Um esforço desnecessário: se no aeroporto não havia nenhum torcedor, no hall do hotel havia apenas quatro torcedores suecos embriagados, que ainda comemoravam a vitória (3 a 1) sobre a Rússia, acontecida na sexta-feira e nem perceberam a chegada da seleção.
Os jogadores foram encaminhados ao 11º andar do hotel, que é privativo e o acesso pelo elevador é conseguido apenas via um cartão especial. Cinco policiais foram destacados para vigiar o andar durante todos os períodos.
No térreo, a segurança continuou –uma policial norte-americana controla o acesso aos elevadores, conferindo em uma lista com todos os hóspedes se há permissão para subir.
"Temos que tomar todos os cuidados", disse Carlos da Luz, assessor da comissão técnica, que, por excesso de zelo, até expulsou o intérprete contratado pela CBF para acompanhar a seleção.
Os jogadores treinam hoje e amanhã no campo da Detroit Country Day, uma escola católica, localizada em Birmingham, outro distrito de Detroit, a 20 quilômetros do hotel.

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