São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Japão pode ter novo gabinete de minoria após renúncia de premiê

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Após a renúncia do primeiro-ministro Tsutomu Hata, o Japão corre o risco de novamente ser governado por uma coalizão sem maioria no Parlamento.
Hata renunciou na madrugada de ontem, uma hora antes de a moção de desconfiança contra seu governo ser votada pela Dieta (câmara baixa do Parlamento).
Agora, um nogo gabinete deve ser formado. Mas não há nenhum partido ou coalizão que detenha maioria parlamentar.
O PLD (Partido Liberal Democrata), maior da oposição, tem 206 das 511 cadeiras.
"Se eu deixar o governo para o maior partido da oposição, ainda assim será um governo de minoria", disse Hata. O PLD não tem aliados e, mesmo sendo o maior, não conseguiria a maioria.
O fiel da balança da política japonesa é o Partido Socialista, com 74 deputados. O PS abandonou a coalizão governamental quando Hata substituiu Morihiro Hosokawa, que renunciou envolvido em um escândalo financeiro.
O ex-premiê descartou ontem a possibilidade de formar um novo governo, fazendo concessões aos socialistas. "Acho que seria melhor para o povo japonês entender que eu deixo a decisão para o Parlamento", disse.
A princípio, o Parlamento se reúne amanhã para eleger um novo premiê. Mas analistas políticos prevêem demora para uma definição.
Até a escolha de um novo governo, Hata e seus ministros permanecem em seus cargos.
"O novo premiê será incapaz de comduzir negociações econômicas produtivas com os EUA", disse o comentarista político Masaya Ito.

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