São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994 |
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Brasil menospreza americanos
MÁRIO MAGALHÃES
A euforia provocada pelo que o técnico Carlos Alberto Parreira e o coordenador Mário Lobo Zagalo consideram fragilidade da seleção norte-americana tornou-se pública, apesar de declarações diplomáticas de "respeito ao adversário". "Para os americanos, tudo é festa", afirmou Parreira. "Se tomarem vários gols, sabem que foi de uma grande equipe. Se perderem de 1 a 0, acharão bonito. Se forem para os pênaltis, ok. Tudo é lucro para eles." Zagalo acredita que as chances dos norte-americanos são de 1%. "Eles têm a mesma possibilidade de nos vencer no futebol como o Brasil de ganhar no basquete do 'time dos sonhos' deles." Parreira vê o adversário como "franco atirador". "Não tem nada a perder. Seu técnico, Bora Milutinovic, vai montar uma grande retranca, a maior que o Brasil pegou pela frente na Copa, porque sabe como seu time é fraco." O otimismo da comissão técnica contrasta com a tensão causada pelo empate de 1 a 1 terça-feira contra a Suécia. Parreira acha que "os favoritos acabarão chegando à final". Ele inclui os brasileiros entre os favoritos. Os norte-americanos, não. O técnico acha que a realização do jogo no 4 de Julho, dia da independência dos EUA, não vai incentivar a equipe local."Nada muda", disse. "Apenas lhes daremos um presente de grego." Uma medida prática de Parreira mostra que ele considera o time americano mais frágil do que as seleções enfrentadas no Mundial –Rússia, Camarões e Suécia. Pela primeira vez, planeja usar o meia Mazinho no começo de um jogo. Antes, temia que a saída do volante Mauro Silva facilitasse contra-ataques adversários. Próximo Texto: "Este Mundial não permite três atacantes" Índice |
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