São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994 |
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Time aposta no meia Hagi
MARIO CESAR CARVALHO
"Com Maradona ou sem Maradona, a Argentina é a Argentina", repetem com as mesmas palavras Hagi e Iordanescu. Cifrado? O que ambos querem dizer é que jogar com a Argentina é sempre uma guerra. A Romênia, que ficou em primeiro lugar no grupo A, joga sem o atacante Raducioiu, do Milan. É a segunda estrela do time. Fez dois gols na vitória por 3 a 1 sobre a Colômbia. Está suspenso uma partida por ter recebido dois cartões amarelos na Copa. Raducioiu diz que a Argentina sentirá mais a ausência de Maradona "porque ele é um jogador excepcional". Iordanescu não anunciou o substituto do atacante. O técnico faz um raciocínio elíptico para descrever quais são suas armas nesta guerra. O raciocínio começa com uma análise geral da Copa 94. "Esta é uma Copa muito equilibrada por causa do calor e das mudanças de fuso horário." Domingo passado fez 45 graus no Rose Bowl de Pasadena (Grande Los Angeles) no horário em que jogam hoje Romênia e Argentina –13h30 (17h30 de Brasília). "Isso obriga as equipes a ter um caráter fortíssimo e resistência física e psicológica muito grande. Vencem os mais disciplinados taticamente", afirma Iordanescu. Esta é a arma da Romênia: disciplina. O principal time do país, o Steaua de Bucareste, era do Exército sob a ditadura de Ceausescu. Hagi, com dez anos de seleção, é o Napoleão da Romênia. Manda na equipe e é dos seus pés dele que saem as jogadas de gol ou os gols –fez dois nesta Copa. Foi assim nas vitórias sobre a Colômbia e os EUA (1 a 0). Contra a Suíça, ele foi bem marcado e a Romênia perdeu por 4 a 1. (MCC) Texto Anterior: Equipe deve ser menos ofensiva Próximo Texto: Suécia enfrenta Arábia animada com o empate diante do Brasil Índice |
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