São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994 |
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Vamos para a 2ª fase mantendo a humildade
LEONEL BRIZOLA
Podemos não ter ido bem, mas, convenhamos, longe de ter sido um desastre, ficamos em primeiro lugar no grupo e, mais importante, vamos para a segunda etapa sem arrogância e sem excessos de pretensão, conservando a humildade e a capacidade de tirar lições de cada situação. Afinal, foi apenas uma partida má. O favoritismo e a auto-suficiência pretensiosa são males maiores que quaisquer outros. Vejam, nesta Copa mesmo, o exemplo da Colômbia, tristemente desclassificada e, do outro lado, a ascensão do time argentino, que arrancou do descrédito para a condição de equipe das mais temíveis da competição. Valeu a sua experiência. Pois, como em todos os campos da atividade humana, a inexperiência, o despreparo, a falta de vivência acumulada castiga os neófitos, tanto quanto a pretensão costuma derrubar os arrogantes. Nesta campanha presidencial, também há os que se consideram vitoriosos antes da hora, simplesmente pelas pesquisas. Estas, como se sabe, só revelam as preferências daquela parcela (minoritária) que já escolheu seu candidato. Entre estes, é natural que apareçam melhor, de um lado, aquela "equipe" que há anos deixou tudo de lado para viver do partido e da candidatura e, de outro, aquele "time" que usou seu poder de governo para mudar as regras e dirigir o jogo para suas conveniências. Ambos já se consideram na final. A Copa do Mundo recém começa a entrar em sua fase decisiva. A sucessão presidencial, também. De agora em diante é que vai ser para valer. Texto Anterior: Pelo que mostrou, o Brasil pode ser tetra Próximo Texto: Dirigente tem influência discreta no futebol Índice |
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