São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994
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Dirigente tem influência discreta no futebol

DO ENVIADO A CHICAGO

Como presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi exerce uma função considerada atípica no clube. Apesar de seus antecessores se envolverem diretamente com o futebol, Contursi preferiu se afastar.
"Deleguei poderes aos meus diretores. São eles que tomam as decisões do futebol", costuma dizer.
Membro tradicional de todas as gestões que comandaram o Palmeiras, o atual presidente normalmente exerceu funções administrativas, conseguindo assim garantir um apoio sólido dentro do clube.
Sua eleição, em dezembro de 92, foi necessária para garantir a mudança de estrutura que o Palmeiras sofria na época.
Em março de 92, foi assinado um acordo de co-gestão com a Parmalat, multinacional de laticínios.
Com um plano a médio prazo (a empresa pretendia investir cerca de US$ 10 milhões em contratações de jogadores), o acordo necessitava de um apoio político no clube para se sustentar.
Apoiado pelo então presidente Carlos Facchina Nunes e com um sólido eleitorado, Contursi elegeu-se por maioria e manteve a base da gestão anterior para garantir o acordo com a Parmalat.
Como a preocupação de reforçar o time coube à multinacional, Contursi não julgou necessário participar ativamente do futebol, confiando ao vice-presidente, Serafim Del Grande, a tarefa de controlar o departamento.
Seu desligamento do futebol, porém, mostrou enfraquecimento de poder. Em maio, quando o meia Edmundo foi afastado por desrespeito ao técnico Wanderley Luxemburgo, Contursi foi contra. Mas prevaleceu a decisão dos dirigentes e Edmundo ficou fora do time.(UB)

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