São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Projeto prevê mais quatro unidades piloto
MARCELO LEITE
A Metamat, por exemplo, desenvolveu a pedido do DNPM a parte de lavra e concentração. Orçou na época sua participação em cerca de US$ 120 mil –ou 11 kg de ouro, referência mais comum na região. Quando o dinheiro saiu, comprava só 3,3 kg. Algo semelhante ocorreu com o Cetem. Para formular o projeto do setor de amalgamação, foram calculados em agosto de 1992 US$ 150 mil. Entre aprovação e desembolso, a verba em cruzeiros reais ficou reduzida a US$ 40 mil. Apesar das dificuldades, Wilson Coutinho, da Metamat, e Paulo Braga, do Cetem, confiam no efeito exemplo da área de Melado. Se continuar dando certo, a experiência acabará atraindo a atenção dos mais de 20 mil garimpeiros que atuam na Reserva Garimpeira de Peixoto de Azevedo, uma das cinco existentes no Mato Grosso. Alteni Ribeiro Cunha, 48, empregado de Melado conhecido como "Lampião", trabalha no momento só com o curimã. É o rejeito que sobrou do tempo em que Melado explorava a área com uma draga, método que lhe rendeu 60 kg de ouro, em três anos. Com a planta piloto, Melado extraiu 8 kg em três meses. "O doutor Antônio da Metamat foi me orientando sobre a maneira melhor de trabalhar e eu estou seguindo." Com a visita de Paulo Braga, Melado ganhou uma retorta nova, de aço inoxidável. O aparelho serve para queimar o amálgama, separando o ouro do mercúrio. Este se volatiliza (vira gás) muito antes do ouro, quando a temperatura alcança entre 400 oC e 500oC. Os garimpeiros resistem à retorta, embora ela evite que aspirem os gases tóxicos. É que a queima, nela, demora 25 minutos. E outro tanto para esfriar. (ML) Texto Anterior: COMO DIMINUIR O IMPACTO Próximo Texto: GLOSSÁRIO Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |