São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994
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Carro elétrico é estudado em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A dupla de engenheiros Felício Sadalla e Arlindo Tondin quer retomar as pesquisas com veículos movidos a eletricidade feitas no Brasil.
Eles estão criando uma associação para incentivar sua construção com o apoio de universidades e indústrias.
Os veículos elétricos podem ser os substitutos, nos próximos anos, dos poluentes carros movidos a combustível fóssil.
A preocupação com a poluição atmosférica tem feito parte da indústria automobilística mundial acelerar as pesquisas e a produção de carros elétricos.
Sadalla afirma que existem muitos veículos elétricos, entre automóveis, pequenas motocicletas e até bicicletas, produzidos em série a custo baixo.
"A Dinamarca produz e vende para os EUA o Kewet, um carro muito confortável para duas pessoas, além de espaço para bagagem. Nos EUA ele custa cerca de US$ 13 mil."
O Kewet chega a 65 km/h, segundo Sadalla.
"A Citroen programa a produção de 10 mil carros elétricos em 95 e o Japão quer fabricar cem mil até o início do próximo século", destacou.
Para Sadalla, o grande problema ainda não solucionado dos carros elétricos é a demora em recarregar as baterias (mais de uma hora, no mínimo).
"Já existe uma empresa nos EUA que anunciou ter desenvolvido uma bateria feita em chumbo que pode ser carregada em 15 minutos, mas ninguém comprovou sua eficácia."
Como alternativa para países pobres, como o Brasil, Sadalla sugere a adoção de ciclovias integradas a linhas de transportes coletivos como metrô e trem.
Sadalla cita a Inglaterra que produz uma bicicleta elétrica ao preço de US$ 600 e empresas norte-americanas, em conjunto com indústrias de Taiwan, que estão desenvolvendo pequenas motos elétricas, mais fáceis de recarregar.
"São veículos urbanos que podem humanizar o transporte", completou.

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