São Paulo, terça-feira, 5 de julho de 1994
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Polícia vai apurar incêndio em Vitória

DA AGÊNCIA FOLHA

A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo determinou ontem a instauração de inquérito policial para apurar os responsáveis pelo incêndio no mercado de Vila Rubim, em Vitória (ES).
O incêndio, causado pela explosão de uma loja de fogos de artifício, aconteceu na última sexta-feira. Até a tarde de ontem, dois corpos tinham sido encontrados. Cerca de 35 pessoas ficaram feridas.
Segundo o secretário Nício Brasil Lacorte, 41, as investigações serão feitas pela Delegacia dos Crimes Contra a Vida. O prazo do inquérito é de 30 dias.
"Serão requisitados o laudo de vistoria que o Corpo de Bombeiros fez nas lojas do mercado duas semanas antes e o laudo técnico do incêndio", afirmou.
Lacorte disse que os responsáveis pelo incêndio poderão ser processados por homicídio culposo (sem intenção) ou doloso (intencional).
Segundo ele, também será investigado se havia no mercado lojas, fábricas e depósitos irregulares de fogos de artifício.
O Corpo de Bombeiros disse que as primeiras explosões começaram na Casa dos Milagres, que vendia sem autorização fogos de artifício.
A Agência Folha não conseguiu localizar até as 13h de ontem o dono da Casa dos Milagres, Roque Rasseli.
Durante o trabalho de rescaldo (retirada de escombros), os bombeiros encontraram os corpos de Diógenes Leite da Silva, 23, e Alex Sandro Honorato, 19.
Segundo o chefe de Serviços de Perícia do Instituto Médico Legal, Luís Renato Costa, 42, Honorato era filho de Carlos Roberto Honorato, cabo da Polícia Militar.
O Corpo de Bombeiros acredita que mais um corpo poderá ser encontrado nos escombros. Um homem de 50 anos que trabalhava no mercado está desaparecido desde o dia do incêndio.
Quatro pessoas continuam internadas no hospital estadual Dório Silva, em Vitória.
Segundo a direção do hospital, o estado de saúde de Maria da Penha de Jesus é "gravíssimo". Ela teve 80% do corpo atingido por queimaduras de 3º grau.
Na Santa Casa, duas pessoas continuam internadas.
O secretário municipal de Comunicação, Sebastião Barbosa, 34, disse que a prefeitura poderá pedir a demolição dos outros dois galpões do mercado.

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