São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Presos fogem após 30 horas de motim
DIONE KUHN
A polícia decidiu perseguir os fugitivos e houve troca de tiros. Até as 23h, havia um policial morto e um refém ferido, após tiroteio entre policiais e o carro que levava os detentos vindos de Charqueadas, no bairro de Petrópolis. O policial João Bento de Freitas morreu ao levar dois tiros nas costas. O diretor do hospital do presídio, Claudinei Carlos dos Santos, foi baleado. Ficou 20 minutos na rua até que a polícia liberasse novamente o carro, que havia sido cercado. Rebelados desde as 15h de quinta-feira, os nove presos mantiveram 26 pessoas como reféns. Liberaram 17 pessoas das 26 mantidas como reféns desde o início do motim, após negociação com uma comissão de representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo gaúchos. No momento da saída, quando os três Gols cedidos aos amotinados passavam pelo portão do presídio, um Tempra da Polícia Civil começou a segui-los. Os reféns liberados jogaram-se à frente do carro, para impedi-lo. Chorando, diziam que se houvesse perseguição poderia haver mortos. Desde o início do motim, na quinta-feira, os detentos fizeram duas exigências. 1) A transferência de dois dos mais perigosos detentos de Charqueadas –Dilonei Francisco Melara e Celestino Linn– para Porto Alegre. 2) Três carros para que todos pudessem fugir, sem que fossem seguidos. A primeira exigência foi cumprida às 19h25, quando quatro carros da polícia de Charqueadas chegaram ao presídio e os dois detentos requisitados. A partir das 20h40, os reféns começaram a ser liberados. Entre 20h40 e 21h10, os amotinados libertaram três mulheres. Às 21h40, mais 14 pessoas foram liberadas. Texto Anterior: CRONOLOGIA Próximo Texto: Impacto de cometa poderá ser "ouvido" Índice |
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