São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994
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Defesa da seleção italiana é mais eficiente

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO A BOSTON

Pelos tentos que anotou até aqui na Copa (nove contra quatro dos italianos), a seleção da Espanha parece ostentar uma ofensiva duas vezes superior à do time da Itália.
Pelos tentos que sofreu (quatro contra três sofridos pelos italianos), a defesa da "Fúria Ibérica" parece se equivaler à da Itália.
As estatísticas oficiais da Fifa e os números do Datafolha, todavia, atestam uma realidade diferente.
A Espanha é apenas mais fogosa nas finalizações, enquanto que a Itália dispõe de uma retaguarda bem mais firme e eficiente.
Em quatro partidas, a Espanha, por exemplo, finalizou 62 vezes, um arremate a cada 5,8 minutos. Em 390 minutos, por causa da prorrogação diante da Nigéria, a Itália chutou 67 vezes, precisamente a mesma média de 5,8.
Verdade que a "Fúria" foi mais precisa -atingiu o alvo em 52% das suas tentativas, contra os meros 31% da "Azzurra".
A equipe de Javier Clemente detonou a bola através das laterais uma vez a cada 3,6 minutos. A média da Itália chega a 4,1.
A "Fúria" também se comporta com bem mais violência, 78 infrações para as meras 43 da "Azzurra", inclusive as da prorrogação.
Curiosamente, enquanto o espanhol mais faltoso é um zagueiro, Ferrer, 12 anotações, Signori, um atacante, com sete, lidera o departamento na "Azzurra".
Os adversários fizeram falta nos jogadores da "Fúria" em 78 ocasiões, uma por cada 4,6 minutos. Os inimigos prejudicaram os avanços da "Azzurra" em 96 momentos, um por cada 4,1.
No Mundial inteiro, só um jogador, o romeno Gheorghe Hagi, com 20, recebeu mais infrações do que Roberto Baggio, 16. (SL)

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