São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994
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CRONOLOGIA

28 de abril - O banqueiro Ezequiel Edmond Nasser é sequestrado na avenida Amarilis, no Morumbi (zona sul de São Paulo). Três carros fecham seu Mercedes e o Voyage usado por seu segurança. Há tiroteio e o segurança é baleado no pescoço. Nasser é sedado pelos sequestradores e acorda somente em seu cativeiro, onde passaria os 75 dias seguintes.
29 de abril - A família do banqueiro, através de seu advogado, Márcio Thomaz Bastos, pede para que a polícia e a imprensa se afastem do caso. A polícia passa a acompanhar o caso à distância.
31 de abril - Os criminosos fazem o primeiro contato com a família. Ligam para a casa do banqueiro e dizem que ele está bem e que ele foi sequestrado.
18 de maio - A família de Nasser recebe uma carta dos sequestradores. Escrita com letras recortadas de revistas e jornais, eles pedem US$ 12 milhões (R$ 11,4 milhões pelo câmbio comercial) de resgate. A carta foi postada em São Paulo. Junto dela, há uma parte manuscrita, que teria sido escrita pelo banqueiro. Ele pede para a família cumprir as exigências dos sequestradores.
19 de maio - A família recebe outra carta dos sequestradores, na qual eles pedem para a família publicar um anúncio em jornal em resposta a um outro anúncio colocado por eles.
21 de maio - Os sequestradores publicam um anúncio em um jornal oferecendo uma casa por US$ 12 milhões.
26 de maio - A família responde aos sequestradores com outro anúncio, concordando em comprar um carro.
31 de maio - A família faz uma contraproposta de US$ 160 mil (R$ 152 mil) para o resgate de Nasser e recebe a primeira prova de vida, uma fotografia do banqueiro segurando um jornal do dia.
Junho - Os sequestradores concordam em reduzir o resgate para US$ 6 milhões (R$ 5,7 milhões). A família oferece US$ 1,5 milhão (R$ 1,42 milhão). As negociações continuam.
11 de julho – Nasser é libertado em São Bernardo, por volta de 20h15, depois de a família pagar o resgate, cujo valor não foi revelado. Chega em casa às 21h15, de táxi. Nasser está mais magro, de barba. À família, o banqueiro conta que ficou em um quarto de paredes brancas, com a luz acesa, e que os sequestradores usaram capuzes durante todo o tempo.

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