São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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A bola da vez A turma de 63 da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG tinha entre seus membros o assessor especial de Ricupero, Edmar Bacha, e o diretor de Política Monetária do Banco Central, Alkimar Moura. Ambos integraram também a comissão de formatura, ao lado do empresário Rogério Mascarenhas e do professor de Economia da UnB Flávio Versiani. O rito de formatura incluía uma visita da comissão aos túmulos dos colegas mortos. A turma não tivera nenhuma baixa, mas, em nome da tradição, foram ao cemitério orar. Na saída, se posicionaram para uma foto histórica. Com o diploma na mão e cópia da foto no álbum, foram cuidar de seus futuros. Até que, um dia, o estudante que era o primeiro da esquerda para a direita na foto morreu de repente. Meses depois, morreu o seguinte. E todos começaram a olhar para Bacha com melancolia: ele era o terceiro na fila. O economista contrariou o prognóstico. Só não conseguiu livrar-se da gozação dos colegas de 63. Tem sempre um gaiato que o encontra e admira-se: – Uai, Edmar! Você ainda está vivo? Texto Anterior: Mapa da rejeição; Põe o baixinho; Recuo tático; Moeda de troca; Além da porta; Ajuda externa; Mesmo time Próximo Texto: Plano Real impulsionou candidatura de FHC Índice |
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