São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994
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'Soccer' conquista os americanos e dá lucro

MIKE WOLLALLA
DO "USA TODAY"

Alguém poderia prever a aceitação da média dos americanos ao futebol durante a Copa?
No dia 3 de julho, no país que inventou o futebol organizado, o "Sunday Times", de Londres, dedicou duas páginas à Copa. O "Los Angeles Times" publicou 13 páginas sobre o assunto.
No dia seguinte, uma audiência estimada em 32 milhões assistiu pela rede ABC à derrota americana frente ao Brasil.
A passagem do time americano para a segunda fase acendeu o interesse por um esporte que antes se considerava bom apenas para jogar –não assistir.
No dia seguinte à vitória americana sobre a Colômbia, Tab Ramos e John Harkes apareceram no "Good Morning America".
Será que a aprovação definitiva ao futebol veio quando o ícone da cultura pop David Lettterman dedicou ao esporte duas edições de seu programa "Late Show"?
Angelo Anastasio, vice-presidente para eventos promocionais da Copa-94, exibe pedido de ingressos de celebridades e diz que eles aumentaram 100% após a vitória sobre a Colômbia. "Essas pessoas gostam de ser vistas, e este é um bom evento."
Uma pesquisa do "Los Angeles Times" mostrou que 55% das pessoas com idades entre 18 e 29 anos acompanham a Copa.
O mercado também reflete o súbito interesse americano pela Copa. A empresa Time Warner Sports Merchandising espera um total de vendas de US$ 350 milhões (US$ 1 bilhão no mundo todo) relativas ao Mundial.
A questão é saber o que acontecerá a partir de amanhã. Talvez a consequência mais importante seja que a Copa gerou heróis para milhões de jovens. "Eu gostaria de ter tido um grande ídolo americano no futebol quando eu estava começando", diz Paul Caligiuri. "Mas não havia nenhum."

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