São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994
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Paulista tem prédio reformado à venda

TELMA FIGUEIREDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao lado do edifício da Fiesp, no nº 1.337 de avenida Paulista, há um prédio que recentemente passou por uma reforma completa para ser posto à venda.
Construído há cerca de 18 anos, o prédio é propriedade de uma instituição financeira que não quer ser identificada.
O projeto de reforma, assinado pelo arquiteto Julio Neves, modernizou e restaurou a construção –que teve até as instalações hidraúlicas e elétricas refeitas.
As obras foram feitas pela construtora Racional. Formado por 3 subsolos, 2 lojas e 24 andares para escritórios, o edifício está pronto para ser novamente ocupado.
Conta com ar-condicionado central, cinco elevadores, completa infra-estrutura de segurança e conjuntos comerciais com forro, luminárias e carpete.
Cada pavimento tem 332,86 m2 de área útil e oito vagas na garagem –localizadas no subsolo.
O preço médio é de US$ 4.100 por m2 de área útil. O que equivale a dizer que na compra de meio andar –um conjunto comercial de 166,43 m2–, o custo é de aproximadamente US$ 682 mil.
O valor pode ser financiado em até 96 meses, situação rara em se tratando de escritórios prontos –nesses casos o mais comum são negócios com pagamento praticamente à vista.
Os interessados na compra devem pagar 30% do valor total como entrada. O restante terá financiamento bancário.
"Os juros que incidem sobre o valor financiado são de 15% ao ano. Uma taxa considerada bem razoável no mercado", diz Sebastião Silveira, 37, gerente comercial da Fernandez Mera, empresa que coordena as vendas do prédio.
A comercialização do empreendimento está sendo feita por um pool de oito imobiliárias.
Fazem parte desse grupo, além da Fernandez Mera, as empresas Bamberg, Mackenzie Hill, Maison, Valentina Caran, Besp (Bolsa de Escritórios de São Paulo), Monteiro Barros e Capuano.
Segundo Silveira, o trabalho de um pool permite maior agilidade nas vendas. "O sistema é comum na Europa e nos EUA. No Brasil isso soa como novidade", diz.
As imobiliárias já começaram a entrar em contato principalmente com instituições financeiras para oferecer os escritórios.
"A localização do prédio é ideal para instalação, por exemplo, de bancos e empresas de outros Estados ou estrangeiras que estejam vindo para São Paulo", afirma.
Silveira diz que a receptividade dos compradores potenciais está sendo positiva. "Estamos em negociação com uma instituição financeira que pode adquirir dez andares", afirma Silveira.
Segundo ele, os representantes dessa empresa teriam dito que já vinham procurando conjuntos comerciais com esse perfil na avenida Paulista, sem sucesso.
"O que ajuda bastante na venda é a possibilidade de pagamento financiado", diz Silveira.

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