São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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Gore defende superinfovia
DO "THE VILLAGE VOICE" As pessoas que vivem no parque do outro lado da rua da Casa Branca, cobrindo-se com as páginas do "The Washington Post" para se protegerem do frio, ainda não estão interessadas na superinfovia.Pergunta - Qual será o impacto econômico da superinfovia na vida do americano médio? Resposta - No último século tem existido a idéia de que a riqueza real tem que advir de coisas que manufaturamos, com a implicação de que os novos empregos surgidos com a revolução da informática são de certo modo artificiais. Isso não é verdade. Novos empregos estão sendo criados em sistemas e tecnologia de informação, e a alegação de que são empregos medíocres é um mito. Se os Estados Unidos continuarem a ser os líderes mundiais no desenvolvimento destes sistemas, teremos ganhos enormes em riqueza líquida e em empregos. Pergunta - Qual deve ser a definição de serviço universal? Resposta - Já pedimos a criação de um conselho para produzir essa definição. À medida que o grupo de serviços que entram nos lares e nas empresas evolui, a definição de serviço universal vai evoluir também. Deve haver, no mínimo, uma linha digital chegando a cada casa, mas acho que serviço universal deveria significar muito mais do que isso, mais do que o fio. A meu ver uma primeira repetição mínima teria que incluir todas as salas de aula, todas as bibliotecas, todas as clínicas e hospitais e todas as residências. Pergunta - A posição do governo em relação ao clipper chip parece comprometer a privacidade na superinfovia já de cara. Vocês pretendem reconsiderar essa posição? Resposta - Existe um teste inerente de equilíbrio que precisa ser aplicado (entre a privacidade total e a capacidade da polícia de interceptar comunicações codificadas). As questões referentes à implementação da lei e à segurança nacional são de primeira magnitude. Pretendemos satisfazer essa necessidade de implementação da lei e ao mesmo tempo garantir direitos de privacidade absoluta aos indivíduos e às empresas. O uso de grampeamento e escutas será sujeito ao mais rigoroso exame por parte do sistema legal. Não pretendemos apoiar algum sistema que crie uma facilidade real de ingresso das forças de implementação da lei na superinfovia. Pergunta - Que visão o sr. tem do potencial da superinfovia a longo prazo? Resposta - Qualquer empresa que pressupõe que a superinfovia não terá um impacto profundo sobre seu futuro está enganada. Assim como o sistema telefônico e o computador revolucionaram o modo pelo qual todas as empresas operam, a infovia fará o mesmo. Tradução de Clara Allain Texto Anterior: Editor idealiza a comunidade virtual Próximo Texto: FBI pretende usar "espião cibernético" Índice |
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