São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994
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Tecnologia bélica viabiliza carro elétrico

DA "ANSA"

Uma das mais sofisticadas tecnologias criadas e empregadas para a produção de armas nucleares será utilizada em automóveis movidos a eletricidade.
Ela servirá para aperfeiçoar baterias que, em lugar de explorar a energia gerada por reação físico-química típica dos acumuladores normais, utilizam a energia cinética, gerada por massas em movimento.
As novas baterias "flywheels" (volantes) foram apresentadas pela primeira vez no Autoshow de Los Angeles, em janeiro passado.
As "flywheels" são compostas por discos de material especial que giram a altíssimas velocidades e são mantidos levitando por meio de campos magnéticos em receptáculos a vácuo.
Quando se eletrificam os discos, que giram em sentido contrário um em relação ao outro, se aumenta o movimento e, em consequência, acumula-se energia cinética.
Quando se retira a corrente elétrica, a rotação fica mais lenta gradualmente.
Ao ser alcançado um certo limite de velocidade, a bateria mecânica se recarrega.
O governo norte-americano auferiu US$ 2 milhões pela cessão de direitos para o emprego da tecnologia pela iniciativa privada.
Os sistemas empregados nas baterias volantes, até há pouco tempo, eram tratados como segredos industrial e militar, que diziam respeito a máquinas capazes de fazer girar discos de fibra de carbono a velocidades elevadíssimas.
Os automóveis que empregariam esse sistema teriam, de acordo com a cilindrada, seis ou doze unidades de baterias "flywheels", os cilindros dentro dos quais se encontram os discos volantes.
Uma recarga completa que possa proporcionar aos automóveis uma autonomia entre 480 km e 640 km a uma velocidade média de 90 km/h a 100 km/h, poderá ser feita em cerca de 25 minutos.
O tempo é mínimo perto do que exige uma bateria convencional.
A tecnologia dos novos acumuladores não servirá apenas para os automóveis, pois poderá ser utilizada para armazenar energia no caso de geradores eólicos (a vento) ou solares, de células fotovoltaicas.

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