São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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Hipertensão era combatida com chá caseiro

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Há três meses, Elma vinha tentando combater seus problemas de hipertensão com chás caseiros.
Eles substituíam os remédios que ela passou a tomar com maior intensidade após a decretação da prisão de PC, em junho de 93.
O Collorgate transformou a vida de Elma e lhe trouxe o exílio social em Alagoas.
A última vez que ela e PC abriram os portões do casarão da família em Maceió para dar uma festa foi em fevereiro de 1992.
Um mês depois, Pedro Collor de Mello daria início às denúncias contra PC e o ex-prsidente Collor.
A última festa tinha como objetivo arrecadar fundos para o Soprobem (Serviço de Promoção Social e Bem-Estar do Menor).
Elma era conselheira da entidade, a convite de Denilma Bulhões, então casada com o governador de Alagoas, Geraldo Bulhões.
"É uma perda lastimável. Elma e os filhos sofriam muito. Ela era uma mulher que ajudava os pobres, mas que não gostava de publicidade", afirmou ontem Denilma à Agência Folha.
Denilma visitou Elma logo após a Polícia Federal ter revistado sua casa à procura de PC, que estava foragido.
"Cheguei na casa dela, e seu rosto estava tão vermelho, que tive de perguntar se ela já havia se medicado. Pensei que ela teria um infarto ou derrame naquele instante", afirmou Denilma.
Neste período de fuga de PC, Elma convivia apenas com sua irmã, a promotora Eônea, os filhos, Ingrid, 14, e Paulo, 12, além do mordomo Joel Boeiras.

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