São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
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Cheiro de gás assusta zona oeste de SP
DA REPORTAGEM LOCAL A Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) está substituindo o gás de nafta (derivado do petróleo) pelo gás natural em alguns pontos da cidade.A conversão tem assustado os moradores de Perdizes (zona oeste de São Paulo). É que, na hora da troca, ocorrem pequenos vazamentos que espalham o cheiro do gás pelos apartamentos. "A ligação foi mal feita e houve vazamento. Fiquei preocupada e chamei a Comgás. Eles trocaram a mangueira, mas ainda não me acostumei com o cheiro", diz a enfermeira Iara Lurdes Marcial, 48. "Trocaram o gás há uma semana e só tive problemas. O fogo demora de acender e o cheiro é insuportável. Reclamei, eles vieram aqui, mas não adiantou", afirma Carlena Pereira Machado, 44. Além dos problemas com a instalação, os moradores reclamam que o cheiro do gás natural é "forte demais". "O odor é forte e desagradável e toma conta da casa toda. Essa troca deveria ser uma escolha e não uma imposição", afirma a comerciante Amália Penteado, 45. "Gás nunca teve cheiro bom, mas o problema é que o gás natural fica espalhado pela casa e o cheiro é muito mais forte que o antigo", afirma a enfermeira Elizete Buozzi Costa, 40. Segundo o diretor de operações da Comgás, Luiz Antônio Jorente, 43, as pessoas acham que o gás está vazando porque os resíduos do gás antigo (de nafta) continuam no ambiente até 36 horas depois de ter sido feita a troca. Jorrente explica que quanto mais alto for o prédio, mais tempo os resíduos do gás levam para se dispersar. "O cheiro é horrível, muito pior do que o do gás antigo. Não me preocupei porque vivo sozinha, mas se tivesse crianças ia ficar assustada com medo de uma explosão ou algu,ma coisa assim", diz a aposentada Aiolandes Falcão, 76. "Achei a troca horrível. Todo mundo reclamou e não é só por causa do cheiro. O fogo é mais fraco e a água demora muito mais para esquentar", afirma Carlena Costa. A Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) colocou à disposição dos usuários o telefone 0800-144545 para esclarecer dúvidas e reclamações. O serviço funciona das 8h às 17h. Texto Anterior: Ex-presidiário mata médica em posto do Inamps na PB Próximo Texto: Advogados debatem a Constituição e o aborto Índice |
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