São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
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Empresas lucram com a conquista do tetra
MÁRIO MOREIRA
Uma das que mais se beneficiaram foi a Umbro, fornecedora do material esportivo da CBF desde junho de 92 e até julho de 96. Pelo fornecimento do material para os jogadores e a exclusividade da comercialização de uniformes com o escudo da CBF, a empresa pagou à CBF US$ 4 milhões. Segundo a gerente de comunicação da Umbro, Érica Giacomelli, 26, cerca de 300 mil camisas da seleção fabricadas pela empresa haviam sido vendidas até junho. "Depois da vitória sobre a Holanda, os pedidos do comércio aumentaram muito", afirmou Érica. No dia seguinte à vitória sobre a Itália, a Umbro publicou nos principais jornais do país um anúncio com a frase "Quem disse que camisa não ganha jogo?", lembrando que foi a fornecedora do material da seleção nas Copas ganhas pelo Brasil (58, 62, 70 e 94). No caso da Coca-Cola, patrocinadora oficial da seleção, que investiu US$ 4 milhões na equipe, o retorno é institucional, diz o diretor de Relações Externas da empresa, Carlos Alberto Cabral, 54. "Temos que investir continuamente em marketing para manter a liderança do mercado de refrigerantes. E a seleção sempre foi um bom negócio", diz ele. O contrato entre a Coca-Cola e a CBF foi assinado em julho de 90, após a Copa da Itália, onde o Brasil se classificou em nono lugar. O valor da verba para a CBF era progressivo, aumentando na medida em que o Mundial se aproximava. Se o Brasil não se classificasse para a Copa, o patrocínio seria extinto. O contrato se encerrou ao término do Mundial dos EUA. "Já estamos negociando com a CBF para renová-lo", afirmou Cabral. Texto Anterior: Ganhos atingem outras áreas Próximo Texto: Decisão da Copa decepciona Índice |
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