São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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Sérvios apresentam suas condições para aceitar o novo plano de paz

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os sérvios da Bósnia impõem uma série de condições para aceitar o plano de paz elaborado em junho pelas grandes potências.
Os autores do plano podem ou não aceitar a resposta, pois haviam exigido um "sim" incondicional.
A resposta dos sérvios-bósnios foi entregue ontem em Genebra a representantes de EUA, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido, integrantes do Grupo de Contato que formulou o plano de paz.
Políticos sérvios disseram que as condições incluem exigências territoriais –um corredor no norte da Bósnia ligando a Sérvia propriamente dita, a leste, a territórios que os sérvios conquistaram na Croácia, a oeste–, o reconhecimento da soberania de um Estado sérvio na Bósnia e o fim das sanções econômicas da ONU à nova Iugoslávia (Sérvia e Montenegro).
O plano de paz prevê a manutenção da Bósnia como um Estado unificado, na forma de uma confederação entre os sérvios e a federação croata-muçulmana.
Os sérvios ficariam com 49% do território (conquistaram e mantêm 70%) e a federação teria 51%.
Os ministros das Relações Exteriores do Grupo de Contato se reúnem dia 30 para avaliar as respostas dos beligerantes.
Embaixadores das cinco potências se encontram amanhã com representantes da Otan (a aliança militar ocidental) para discutir opções militares relacionadas à implantação –ou à rejeição– do plano.
O chanceler russo, Andrei Kozirev, recebeu como "positiva e legítima" a reação dos sérvios, tradicionais aliados de Moscou. Diplomatas ocidentais interpretaram a declaração como sinal de divisão no Grupo de Contato.

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