São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
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Centro reúne coleções indígenas de 9 tribos
ABNOR GONDIM
O centro reúne coleções completas de armas, objetos de adorno, panelas de barro e trajes da região. Atrai principalmente turistas estrangeiros. As visitas podem ser agendadas pelo telefone (091) 522-5526. "É muito bom saber que existe esse museu no meio da selva", disse o alemão residente em São Paulo Wolfang Schmidt, funcionário de uma empresa alemã. As coleções são bem montadas e divididas. O centro tem uma cachoeira artificial. A decoração é obra do artista plástico e marítimo norte-americano David Richardson, 43. O centro possui 14 mil peças que formam coleções completas de nove tribos da região. "Especialistas já estimaram que as coleções valem em torno de US$ 300 mil", afirma Richardson. Casado desde 1988 com a índia Maria Antonia Kaxinawa, 22, ele conta que reuniu a coleção graças às suas viagens pelo interior da Amazônia. "Agora queremos entregar o museu aos índios e voltar a navegar pela região", afirmou ela, que nasceu em uma aldeia no Acre. Artesanato A artesã Dica Frazão, 74, usa fibras vegetais, como a raiz do patchuli (essência nativa) e a entrecasca de madeira, para a produção de camisas e toalhas de mesa. "Uma toalha foi dada ao papa pelos bispos da região", conta ela. Outro destaque do artesanato tapajônico é o trabalho do artesão Pedro Fona, 72. Ele foi o criador da pintura de paisagens em cuias de tatacá (comida típica da região). A família de Fona também vive do artesanato. Neste ano, foi responsável pelo preparo dos adornos da festa do Boi Bumbá, em Parintins (AM), a maior manifestação folclórica da região, no final de junho. Texto Anterior: Alter do Chão é escala obrigatória de navios Próximo Texto: PARA QUANDO VOCÊ FOR AO TAPAJÓS Índice |
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