São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Durban promove turismo sul-africano

ANDRÉA FORNES
DA ENVIADA ESPECIAL À ÁFRICA DO SUL

Durban, a maior cidade da província de Natal-KwaZulu e a terceira da África do Sul, monopoliza a organização de eventos turísticos. A escolha se deve à facilidade de transporte aéreo ligando essa a outras partes do país.
Entre os dias 20 e 23 de junho, Durban sediou o workshop que lançou a campanha "Explore South Africa 1995" (Explore a África do Sul 1995) para promover o turismo africano e internacional.
A meta a ser atingida no prazo de três anos é de 1 milhão de visitantes do exterior e de 3,7 milhões provenientes do continente.
No ano passado esses números chegaram a 618.508 e 2.462.777, respectivamente, segundo a Satour (South African Tourism).
O Brasil aparece no fim da lista dos 20 países que mais enviaram turistas à África do Sul, à frente apenas da Irlanda. Foram 5.842 pessoas em 1993, contra as 3.517 do ano anterior. Isso representa apenas 0,94% do total.
Além da organização do workshop no centro de convenções de Durban, reunindo mais de 40 expositores, a própria cidade funcionou como isca turística.
À beira do oceano Índico, a cidade portuária ganhou o nome do governador do Cabo, D'Urban, em 1835. Além de europeus (sobretudo holandeses e ingleses), foi ocupada por zulus e depois por indianos, que começaram a chegar em 1860 para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar.
O mais famoso deles, o líder pacifista Mahatma Gandhi, se instalou em Durban em 1893. O passeio pelo bairro indiano é das programações mais interessantes.
Para compras, os melhores endereços são o mercado Victoria, entre as ruas Victoria e Prince Edward (que substitui o original, destruído por um incêndio há mais de dez anos), e a rua Grey, no trecho entre as ruas Victoria e West.
Na mesma área ficam as mesquitas Juma, no esquina das ruas Queen e Grey, e a da rua West.
As praias de Durban, entre elas Blue Lagoon, Laguna, Oasis, Dunes e Addington, são protegidas por redes para evitar que tubarões se aproximem.
Os visitantes devem procurar as áreas patrulhadas (indicadas por bandeiras), entre 8h e 17h.
Nos calçadões em frente à praia, na área central próxima a Marine Parade, é possível fazer um passeio de riquixá por apenas 10 rands (pouco menos de US$ 3). Os veículos são puxados por zulus, vestidos com traje típico. Os zulus vendem ali peças de artesanato feitas de madeira e miçangas.
Ao norte de Durban, fica Shakaland, aldeia zulu criada para o filme "Shaka Zulu" e transformada em atração turística.
Além de assistir a uma apresentação de dança e música típicas, o visitante pode se hospedar em uma das cabanas. A diária é de 220 rands (US$ 79,2), incluindo refeições.

Texto Anterior: Stellenbosch conserva história
Próximo Texto: Johannesburgo é centro produtor de diamantes
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.