São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994
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Terra Santa surpreende desde o aerporto

ANDRÉA BARBOSA DE LIMA
DA AGÊNCIA FOLHA

A chegada a Israel, no aeroporto Ben Gurion, em Lod (a 30 km ao norte da capital, Tel Aviv), é uma experiência inusitada.
Motoristas de táxis –o Mercedes Benz foi eleito modelo favorito entre a categoria– gritam afoitos por clientes que acabam de pisar o solo da Terra Santa.
Outras opções, como os lotações ("sherutim") ou os ônibus urbanos, também irão levá-lo ao destino final, com menos conforto. Neles, porém, a música é ainda mais exótica.
A grande vantagem que todo viajante leva em Israel é poder se comunicar em inglês, já que essa é a segunda língua do país.
Por isso, alugar um carro é uma boa opção para os que desejam explorar o lugar.
As estradas são bem sinalizadas e oferecem indicações precisas inclusive em alfabeto ocidental e, por vezes, em árabe.
Os passeios em grupo têm sempre outros três idiomas alternativos: espanhol, francês e alemão.
A primeira providência a partir da hospedagem deve ser a aquisição de mapas das principais cidades –Tel Aviv, Jerusalém e Haifa– e um do território nacional.
Observe as modificações de fronteiras –a anexação dos territórios de Gaza e Cisjordânia, em 1967, na chamada linha verde– e a declaração de territórios do autogoverno palestino em Gaza-Jericó, a partir da implementação do acordo de paz assinado entre Israel e OLP em setembro do ano passado.
Mesmo com a inclusão de uma administração palestina, postos de checagem nas estradas aos cuidados do Exército israelense continuam exigindo documentos de todos que cruzam as barreiras.
A segurança é prioridade para essa população, um verdadeiro mosaico composto por judeus de todo o mundo, cristãos –muitos deles árabes– e muçulmanos.
Convivem ao mesmo tempo –e no mesmo cenário– uma legião de jovens e oficiais da ativa nos seus uniformes verdes-olivas com suas famosas metralhadoras Uzi a tiracolo, famílias modernas com suas bicicletas e pranchas de windsurfe e famílias religiosas ortodoxas em trajes escuros, chapéus de peles e "talitot", véus usados nas rezas das sinagogas.

LEIA MAIS
Sobre Israel na pág. 6-20.

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