São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994 |
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Empresa brasileira doa cloro para ruandeses
FERNANDO ROSSETTI
O material –suficiente para lotar um caminhão– foi doado pela Indústria Química Mato-Grossense, de Cuiabá. "Temos problema com o cólera aqui (MT) também e fabricamos o hipoclorito de sódio usado no Estado", diz Andréa Dias Figueiredo, da área financeira da indústria. "A direção da empresa viu a situação dos refugiados e decidiu fazer a doação", acrescenta. O setor do Itamaraty responsável por aquela região da África está buscando uma forma de enviar o material para o Zaire. Já foram feitos contatos com o Ministério da Aeronáutica, entre outros setores do governo. O hipoclorito de sódio doado tem concentração de 2,5%. Cada garrafa de meio litro custa R$ 5, segundo a indústria. Foram doadas 24 mil garrafas. Uma colher de sopa é suficiente para desinfetar dez litros de água. O total daria para desinfetar cerca de 12 milhões de litros. A ONU (Organização das Nações Unidas) diz que precisa de no mínimo 5 milhões de litros de água tratada por dia para os refugiados. Ajuda brasileira O governo brasileiro tem até o próximo dia 2 para definir como participará da ajuda humanitária da ONU a Ruanda. No dia 2, os países membros da ONU vão se reunir para declarar a ajuda ao país. O Itamaraty informou ontem que o Brasil terá uma participação apenas simbólica. Com problemas sociais de miséria e fome, o Brasil não deverá destinar dinheiro para Ruanda, mas poderá enviar equipes de profissionais de saúde, segundo o Itamaraty. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Falta mão-de-obra para a colheita Próximo Texto: ONGs são mais rápidas do que os governos Índice |
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