São Paulo, sábado, 30 de julho de 1994
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Preços nos supermercados caem 1,1%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O comércio de São Paulo voltou a reduzir seus preços na última semana de julho, uma tendência constante desde o início do mês.
As lojas, após forte aceleração nas últimas semanas de junho, não estão conseguindo manter seus preços praticados antes da chegada do real.
Pesquisa do Datafolha em 12 supermercados de São Paulo mostrou queda de 1,1% no período de 20 a 27 de julho.
Com essa queda –a quarta consecutiva–, os preços nas prateleiras desses estabelecimentos são, atualmente, 4,1% menores que os do final de junho.
Nos hipermercados houve queda de 0,37% na semana, acumulando retração de 4,67% no mês.
A pesquisa do Datafolha inclui 96 itens e engloba os setores de alimentos, produtos de higiene e de limpeza e se restringe a São Paulo.
O Procon também indica marcha à ré dos preços em São Paulo. Ontem, os 68 itens incluídos na pesquisa da entidade, em convênio com o Dieese, registraram queda de 0,88% sobre quinta-feira.
À exceção dos finais de semana, a cesta básica vem registrando quedas contínuas. No início do mês chegou a R$ 107,73. Ontem estava em R$ 101,93. A queda acumulada no mês é de 4,2%.
Mesmo com estas reduções constantes, o custo da cesta básica ainda reflete os aumentos acentuados ocorridos antes da chegada do real. O valor atual tem aumento real de 27,5% sobre o do mesmo período de 93.
As maiores quedas no mês ficaram para os produtos de higiene pessoal, que recuaram 9,92%. Os produtos de limpeza ficaram 4,78% mais baratos no período, enquanto os alimentos tiveram queda de 3,44%.
Já a cesta básica do Datafolha, que inclui apenas alimentos básicos –inclusive os hortifrútis, que não constam da pesquisa do Dieese– recuou 0,87% na semana. No mês, a queda acumulada é de 3,23%.
O comércio, de uma forma geral, também praticou preços menores neste final de julho. Pesquisa da Federação do Comércio mostrou recuo de 0,3% na semana.
As maiores quedas ficaram para semiduráveis (1,03%) e não-duráveis (0,84%). O setor de veículos e material de construção subiu 1,83% na semana.

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