São Paulo, sábado, 30 de julho de 1994 |
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Time esconde tração eletrônica
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
A entidade já havia dito que o carro era dotado de controle de tração, banido da F-1 nesta temporada, mas também assegurou que o recurso não havia sido utilizado. O fato aumentou as especulações de que a Benetton vinha trapaceando. Por isso a FIA decidiu pela divulgação do relatório. O documento assinado por Charlie Whiting, delegado técnico da FIA, explica que o software da Benetton tinha um sistema de arrancada automático, dotado de controle de tração, que acelera e troca as marchas do carro na largada. O recurso é proibido e eliminaria a equipe do Mundial, caso seu uso fosse comprovado. O sistema para ser acionado segue dois passos. O primeiro, o uso de um lap-top PC (computador portátil). Depois, uma rotina executada pelo piloto com mudanças de câmbio e pressão nos pedais. O interessante é que, na tela deste lap-top, a função do sistema automático não aparece. Em um menu de dez opções, o sistema está camuflado no 13º item. Segundo a equipe, o recurso só é usado em testes. Perguntou-se: se é para teste, por que é tão complicado acioná-lo? A equipe respondeu que era para prevenir o acionamento acidental. Faltou perguntar como o piloto acionaria o sistema acidentalmente, se o item 13 do menu deveria ser acionado antes. A história mal contada reaquece as especulações de que a Benetton usava equipamento irregular desde a primeira corrida da temporada. Na última prova, na Inglaterra, como a FIA já cobrava explicações da Benetton sobre seu computador, Schumacher não teria mais o recurso à sua disposição. Isso explicaria ele ter ultrapassado Damon Hill na volta de apresentação para ensaiar a largada. Ontem, a Benetton organizou uma coletiva para esclarecer o caso, mas apenas negou tudo. (JHM) Texto Anterior: Alemão corre os próximos 2 GPs Próximo Texto: TUDO SOBRE O GP DA ALEMANHA Índice |
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