São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994
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Brasil é favorito contra China

EDGARD ALVES
DO ENVIADO ESPECIAL

A seleção brasileira inicia hoje contra a China sua campanha no Mundial. Joga no Copps Coliseum, em Hamilton, a 90 km de Toronto. É favorita.
O retrospecto dos confrontos com os chineses aponta vantagem absoluta dos brasileiros.
A partir de 1988, o Brasil ganhou cinco disputas, a última delas na semana passada, nos Jogos da Amizade, em São Petersburgo (Rússia), por 101 a 52.
A missão do time é difícil: tentar melhorar a quinta colocação obtida no Mundial de 90, na Argentina, e não repetir o oitavo lugar de 82, na Colômbia, sua pior classificação.
Em seus melhores momentos nos Mundiais –participou de todos até agora–, o Brasil se sagrou bicampeão, nos anos de 1959 e 1963.
A seleção brasileira teve uma fase de treinamento extensa, com sucesso em torneios no Brasil (nove vitórias) e três jogos amistosos na Alemanha, contra o time da casa, o atual campeão europeu (duas vitórias e uma derrota).
A equipe dirigida por Ênio Vecchi decepcionou, porém, nos Jogos da Amizade, na semana passada. Ficou em sexto, com duas vitórias (sobre a China e o time B da Croácia) e três derrotas (Itália, Porto Rico e Argentina).
"Esperamos uma reação do time, com vitória sobre a China. Psicologicamente é importante, dá motivação para lutar no Mundial", afirmou o técnico Ênio Vecchi.
Nessa avaliação, o treinador também se referiu à derrota do Brasil, terça-feira, por 124 a 83, com tempo extra de dez minutos (total de 50 minutos), em jogo-treino com a Austrália.
Vecchi disse que o Brasil não tem do que reclamar. Recebeu todo o apoio para o treinamento. "Se houve pecado, foi por excesso", ressaltou.
Ontem, a comissão técnica analisaria o vídeo de um jogo da China junto com os jogadores, pela manhã, e treinaria à tarde. A delegação discutiria os acertos, erros e ajustes em reunião após o jantar.
É a primeira grande competição de que o Brasil participa sem suas principais estrelas da última década, como Oscar, Marcel, Israel e Gérson, entre outros.
O time ficou desfalcado do ala Chuí, que se contundiu nos jogos da Amizade. Ele foi substituído pelo novato Tonico.
Vecchi tem a base do time definida com os jogadores Josuel, Pipoca, Fernando, Paulinho Villas Boas e Maury.
O técnico chinês, Jiang Zingquan, que comanda a seleção do seu país desde 91, poupou o time quando percebeu que não ganharia do Brasil nos Jogos da Amizade.
O habilidoso armador Adiljan e o pivô Xiaobin Gong, de 2,01 m, preciso nos arremessos, são os destaques da China.(EA)

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