São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994 |
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Sem palavras Leonel Brizola chegou atrasado anteontem à noite ao ato público realizado no teatro Casa Grande, no Rio, contra o atentado à comunidade judaica em Buenos Aires. Quando o candidato presidencial do PDT tomou o seu lugar, já haviam sido lidas mensagens dos presidenciáveis Lula (PT) e Fernando Henrique (PSDB). Depois de divulgado um manifesto de repúdio ao terrorismo, o ato público foi terminando e nada de Brizola conseguir a palavra. Ao final, os participantes foram convidados a cantar o Hino Nacional. E nada de Brizola falar. As pessoas já iam se levantando para sair quando o locutor anunciou a presença do candidato e disse que ele faria um pronunciamento. O aviso causou constrangimento na platéia, que previu um daqueles habituais longos discursos de Brizola. O candidato subiu ao palco. Mas logo sentiu os olhares impacientes do público. Não teve dúvidas: sacou uma caneta do bolso e disse em voz alta: – Mas eu não pedi para falar. Só estava à procura do manifesto para assiná-lo... Texto Anterior: Carona; Série; Tudo é festa; Momento de alívio; Partidão; Novidade pelo ar; Fé inabalável; Visita à Folha Próximo Texto: Historiador investiga o paraíso em mapas antigos Índice |
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