São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994
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PT vai usar suas 'estrelas' para pedir votos a Lula

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diante da queda da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião, a Frente Brasil Popular (PT-PSB-PSTU-PV-PCB- PPS-PC do B) decidiu reforçar a campanha nos Estados onde há maiores dificuldades.
O Estado que mais preocupa a Frente é o Maranhão, onde o apoio da candidata ao governo pelo PFL, Roseana Sarney, a Fernando Henrique Cardoso (PSDB-PFL-PTB) tem dificultado a campanha de Lula.
A estratégia da coligação é enviar a esses locais lideranças expressivas do PT de outros Estados para participar de comícios, palestras e outros compromissos políticos.
Para o Maranhão, por exemplo, viajou ontem o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que participa hoje de vários eventos, inclusive de um comício do candidato a deputado federal Haroldo Sabóia (PT).
Por ter disponibilidade para viajar –já que tem mais quatro anos de mandato e não disputa as próximas eleições– Suplicy é uma das lideranças mais solicitadas.
Na última segunda-feira, fez palestra em Florianópolis (SC) e reuniu-se com lideranças de Palhoça, no interior do Estado.
Nos próximos dias, o senador vai à Paraíba, tentar novamente articular o apoio do candidato do PMDB ao governo do Estado, senador Antônio Mariz, a Lula.
"Há um esforço para que o Mariz venha a ter um entendimento com o Lula. Há uma relação de boa vontade", disse Suplicy.
A candidata ao senado pelo PT de São Paulo, a ex-prefeita Luíza Erundina, também foi convocada pela Frente para reforçar a campanha de Lula na Paraíba, seu Estado natal.
E o deputado federal José Genoino (PT-SP), candidato à reeleição, que nasceu no Ceará, fará viagens ao Estado.
A Frente avalia que a campanha de Genoino está tranquila e sua reeleição está garantida, principalmente agora que o deputado Aloízio Mercadante abandonou a disputa.
São Paulo também é uma das preocupações da Frente, segundo Suplicy. "É preciso reforçar, no Estado, as candidatura de Erundina, Lula e do candidato ao governo, José Dirceu", afirmou.

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