São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994
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Brasil faz jogo decisivo no Mundial de basquete

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A HAMILTON

o Brasil volta hoje à quadra do Copps Coliseum, em Hamilton, para enfrentar a Espanha.
O confronto é decisivo para os dois times, pois o vencedor amplia sua chance de classificação para a fase seguinte do Campeonato Mundial de Basquete.
"É um jogo-chave. Nosso time vai precisar defender bem, garantir o rebote", afirmou Paulinho Villas Boas, o capitão do time brasileiro, que já enfrentou o time espanhol diversas vezes em sua carreira.
A Espanha participa do Mundial sob nova direção. Antonio Diaz Miguel, que dirigia a equipe havia 27 anos, foi substituído por Manuel "Lollo" Sainz, após a fracassada campanha nos Jogos Olímpicos de 92.
Cada grupo da fase de classificação do Mundial oferece duas vagas à fase seguinte.
Antes da rodada de abertura, ontem, era unânime a opinião dos jogadores brasileiros (que enfrentariam a China) e espanhóis (que jogariam contra os EUA).
Para todos eles, uma das vagas seria ocupada pelo "Dream Team 2" (Time dos Sonhos 2), a seleção norte-americana.
Nessa hipótese, resta uma vaga para três times: Brasil, Espanha e China. Por isso uma vitória esta noite pode ser a chave para a classificação.
Brasil e Espanha têm forças equilibradas. A partir da Olimpíada de Moscou, em 80, os dois times se encontraram sete vezes, com quatro vitórias brasileiras.
A preocupação com o jogo desta noite fez com que cada um dos times estudasse o estilo de jogo do outro através de fitas de vídeo com partidas dos adversários gravadas.
Antes mesmo dos jogos contra China e EUA, brasileiros e espanhóis concentravam parte de suas atenções com detalhes do confronto de hoje.
Ênio Vecchi, técnico do Brasil, disse que a Espanha alterou um pouco seu sistema de jogo e atua mais concentrada no garrafão, com o armador Jofresa controlando os movimentos do conjunto.
O time, segundo Vecchi, procura trabalhar de 15 a 20 segundos antes dos arremessos.
"Vamos manter nosso padrão de jogo e procurar marcar forte, individual. É um jogo difícil", declarou Vecchi.
Sainz, o técnico espanhol, que não conseguiu levar o time ao pódio do Campeonato Europeu de 93, chamou cinco novos jogadores para o Mundial.
A base do time, no entanto, é praticamente a mesma dos últimos anos: os alas Jimenez e Villacampa, os pivôs Martinez e Orenga e o armador Jofresa. O experiente San Epifanio, 35, é utilizado como ala.
O Brasil deve começar a partida com Josuel, Pipoca, Paulinho, Fernando e Maury.

NA TV
Bandeirantes, ao vivo, às 22h30

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