São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994
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Lançamentos vão do Prozac aos clássicos

DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda que os estandes de países estrangeiros não sejam muitos, a 13ª Bienal do Livro de São Paulo vai percorrer a literatura do mundo. Os lançamentos deste ano pegam autores consagrados como o tcheco Milan Kundera, o italiano Umberto Eco, o peruano Mario Vargas Llosa e o colombiano Gabriel García Marquez, além de clássicos como Goethe e Nabokov, entre outros.
Três escritores ingleses vêm fazer as vezes de "presenças internacionais" nos lançamentos: V. S. Naipaul, de origem indiana e autor de "Um Caminho no Mundo" (Companhia das Letras), Will Self, autor de "Cock and Bull" (Geração Editorial) e representante da nova geração britânica, e Julian Barnes, autor de "Em Tom de Conversa", da Rocco.
As biografias também devem concorrer ao título dos "mais vendidos da Bienal", principalmente "Chatô - O Rei do Brasil", sobre o proprietário dos Diários Associados e fundador do Masp (Museu de Arte de São Paulo), Assis Chateaubriand, escrita pelo best seller Fernando "Olga" Moraes. Além dele, personagens como o compositor Carlos Gardel e a escritora francesa Marguerite Duras também terão suas vidas dissecadas.
Os ensaios não ficam atrás. Há grandes investimentos, como a edição luxuosa de "A Invenção da Liberdade", de pensador suíco Jean Starobinski (editora da Unesp), e o polêmico "Espectros de Marx", do filósofo Jacques Derrida. Mas há também um estudo sobre o antidepressivo da moda, o Prozac, livro que deve causar tanto frisson quanto a droga.
Na ala infanto-juvenil, as filas para autógrafos estarão garantidas por nada menos que sete lançamentos de Ziraldo (editora Melhoramentos). No terceiro piso do pavilhão da Bienal, a Câmara Brasileira do Livro preparou este ano um espaço dedicado ao entretenimento das crianças, que sempre garantem o sucesso da feira.

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