São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
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Projetos custam a aparecer

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quase uma semana de horário eleitoral gratuito, começam a pingar na TV pontos dos programas dos presidenciáveis.
Lula (PT) e Quércia (PMDB) foram os primeiros que começaram a explicar na TV o que seus partidos definiram e imprimiram como projeto de governo.
Até agora, a maior parte dos horários estava recheada de perfis açucarados e bandeiras genéricas. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) continua nessa. Ainda não apresentou meta concreta alguma. Aliás, seu partido por enquanto não divulgou publicamente detalhes do seu programa.
Ontem, como Brizola (PDT), FHC se ateve ao Plano Real. Para Brizola, no entanto, o plano é seu traço de identidade negativo. Todos os candidatos, menos ele, estariam apoiando o programa de estabilização do governo.
Segundo o pedetista, "Lula está em cima do muro, mas já engoliu o plano". O autor do plano, FHC "é o que Collor foi nas eleições passadas". Lembrou que se opôs solitariamente ao Plano Cruzado de Sarney. Mas Brizola ainda não disse, positivamente, o que ele é nessas eleições.
Ontem, Quércia pelo menos usou o artifício de ligar as "cenas familiares" e história de vida com o programa de governo. Mostrou a família, seus pais, irmãos, mulher e filhos para introduzir seu projeto para crianças pobres, "que não têm uma família" como a dele.
Audiência
Segundo o Ibope, a audiência dos candidatos continua alta, apesar de perder para os programas imediatamente anteriores e posteriores ao horário eleitoral. Pelo menos o número de TVs ligadas é quase o mesmo dos horários das novelas da TV Globo –cerca de 50 a 55 pontos. Só resta saber se os eleitores estão prestando alguma atenção.

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