São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
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Primeira fase beneficia área considerada "residencial"

PAULO SILVA PINTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os moradores da favela do Ceasa estão a menos de um quilômetro do Parque Villa-Lobos, perto da avenida Queiroz Filho, com tráfego intenso e prédios comerciais.
Mas as atrações ainda vão demorar a aparecer no lado do parque próximo à favela. Os maiores beneficiados com a primeira parte da obra, que está sendo concluída agora, ficam do lado da avenida Professor Arruda Botelho.
Um deles é o ex-governador e candidato a presidente Orestes Quércia (PMDB) –que iniciou a obra em sua gestão.
Os jardins que estão prontos ficam embaixo das janelas de seu apartamento de cobertura.
Quércia afirma que escolheu o imóvel exatamente pela vista que tem do parque. "Eu comprei depois do início da obra, três meses antes de sair do governo", diz.
Segundo Décio Tozzi, o que determinou a escolha do local para a área esportiva, a primeira a ser concluída, foi a vizinhança residencial.
Tozzi afirma que fica irritado quando relacionam o parque com a residência de Quércia.
"Ele pode ter resolvido morar ali por causa do parque, mas a idéia da construir o Villa-Lobos surgiu muito antes, através de um movimento popular."
Segundo Tozzi, "o terreno era da família Abdalla, que tinha dívidas com a prefeitura, e uma das propostas para a área era fazer um conjunto de 80 prédios. O apoio do prefeito Jânio Quadros na época foi decisivo".
Ele afirma que políticos de vários partidos tornaram possível o parque. "Houve uma união em torno da causa do secretário de Obras, João Leiva, e dos vereadores do PSDB Arnaldo Madeira e Marcos Mendonça. A prefeita Erundina colaborou depois fornecendo as mudas de plantas."(PSP)

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