São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
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Parque será entregue às vésperas da eleição

PAULO SILVA PINTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes do primeiro turno das eleições, em 3 de outubro, a cidade de São Paulo ganha uma parte de um novo parque, o Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros (zona oeste). A área esportiva, a primeira a ser aberta, já está pronta.
Segundo o secretário de Estado Recursos Hídricos, Vicente Prieto, responsável pela obra, não há data marcada para a inauguração, que deve acontecer em setembro.
Só falta a ligação com o estacionamento, que a empreiteira Camargo Corrêa está terminando.
Prieto, 58, diz que a obra seguiu em ritmo lento devido à queda na arrecadação do ICMS –concorrência foi realizada em 1990–, mas foi acelerada este ano após a liberação de verbas. Em julho, foram liberados US$ 4 milhões.
O orçamento previsto para o parque era de US$ 120 milhões. Já foram gastos US$ 50 milhões. O parque precisa de mais US$ 80 milhões para ficar pronto.
A área esportiva tem um campo de futebol, duas quadras de tênis e seis poliesportivas.
Essa área terá 6 mil das 40 mil árvores do parque. São 300 espécies da Mata Atlântica em 750 mil m2 –metade do Ibirapuera (1,5 milhão de m2).
"O Villa-Lobos vai ser dedicado à música. É o primeiro parque temático do país, uma tendência em todos os parques modernos no mundo", diz o arquiteto Décio Tozzi, 57, autor do projeto.
No centro, está previsto um anfiteatro ao ar livre para 10 mil pessoas, circundado por um espelho d'água (veja quadro).
A primeira fase da obra beneficia moradores da região da avenida Professor Arruda Botelho, como o ex-governador e presidenciável Orestes Quércia (PMDB) –que iniciou a obra em sua gestão.
Os jardins que estão prontos ficam embaixo das janelas de seu apartamento de cobertura.
Quércia afirma que escolheu o imóvel exatamente pela vista que tem do parque. "Eu comprei depois do início da obra, três meses antes de sair do governo", diz.
Segundo Tozzi, a escolha do local para a área esportiva foi determinada pela vizinhança residencial.
Os moradores da favela do Ceasa, que estão do lado oposto do parque, não serão beneficiados porque vivem perto da avenida Queiroz Filho, com tráfego intenso e prédios comerciais.

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