São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
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Camelôs saqueiam e destroem lojas no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Saques, agressões, apedrejamentos e depredações marcaram ontem o protesto de cerca de mil camelôs (segundo a PM) contra o projeto da Prefeitura do Rio de retirá-los das ruas do centro. Foram detidas 11 pessoas.
Dois dos 11 detidos foram autuados e liberados com pagamento de fiança.
O repórter da Folha Roberto Machado e o fotógrafo de "O Dia" Domingos Peixoto foram atingidos por pedras. Machado levou cinco pontos na cabeça e Peixoto teve ferimentos leves. Três PMs também ficaram feridos.
O comércio na zona central praticamente não funcionou de manhã e à tarde. Os camelôs impediram que as lojas abrissem as portas.
A prefeitura planeja instalar os camelôs em terrenos cedidos pelo Metrô e pela Light nos quarteirões formados pela avenida presidente Vargas e ruas Uruguaiana, da Alfândega e Buenos Aires.
Os camelôs não aceitaram a transferência. Grupos de 50 pessoas saíram pelo centro, a partir das 9h30, para fechar o comércio.
Houve depredações e saques nas avenidas Marechal Floriano, Rio Branco e Presidente Vargas, onde um PM, acuado por manifestantes, disparou tiros para o alto.
Na rua São José, 50 homens, com os rostos cobertos por máscaras e armados com pedaços de madeira, determinaram às 10h o imediato fechamento do comércio.
Um grupo invadiu a padaria Nova Carioca (rua da Carioca), saqueou mercadorias, roubou o dinheiro do caixa, destruiu vidraças e agrediu empregados. Lanchonetes, livrarias e butiques foram atingidas.

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