São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
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Quantia paga já chega a US$ 80 mil

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO

A Receita Federal recebeu, até a manhã de ontem, aproximadamente US$ 80 mil referentes ao pagamento de impostos sobre o excesso de bagagem da delegação brasileira de futebol.
Segundo o diretor financeiro da Confederação Brasileira de Futebol, Gilberto Coelho, somente seis pessoas ainda deviam à Receita.
Entre os que ainda não haviam pago o imposto ontem estavam os jogadores Romário, Márcio Santos e Aldair. Para Gilberto Coelho, os pagamentos não efetuados deverão ser feitos hoje.
Coelho disse que os jogadores pagaram "inclusive sobre material esportivo trazido dos EUA".
Alguns tetracampeões ganharam da Nike roupas e tênis, entre outros artigos, devido a contratos assinados com a empresa. Esse foi o caso de Bebeto e Ronaldo.
Segundo Bebeto, a Receita lhe cobrou sobre o excesso de roupas esportivas que recebeu de presente e sobre os artigos da Nike.
O jogador Branco foi um dos que mais pagou à Receita: US$ 8 mil. O lateral trouxe eletrodomésticos para montar uma cozinha.
O Procurador da República Rogério Nascimento afirmou que solicitou à Varig, semana passada, a lista de passageiros e o peso da bagagem na viagem de ida aos EUA.
A assessoria de imprensa da Varig informou ontem que a companhia não recebeu o ofício.
Nascimento quer comparar o peso da bagagem no vôo de ida com a relação da bagagem trazida no retorno da delegação de futebol ao Brasil.
Nascimento pediu também à companhia aérea a discriminação do peso dos volumes embarcados para os EUA e a cópia do contrato de fretamento do DC-10 entre a Varig e a CBF.
O chefe da Alfândega do Aeroporto Internacional do Rio, Sylvio Sá Freire, estimou, logo após o desembarque da seleção, que os passageiros deveriam pagar à Receita US$ 1 milhão em impostos.
Para o diretor financeiro da CBF, esse valor divulgado anteriomente "é fantástico". Segundo Coelho, os passageiros estão pagando imposto sem problemas.

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