São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
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Cuba e EUA discutem crise de refugiados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os governos norte-americano e cubano mantiveram reuniões durante o fim-de-semana em Havana para discutir a crise surgida na última sexta-feira.
Segundo o Departamento de Estado norte-americano, Washington negou estar estimulando a fuga de cubanos e reiterou que a política imigratória dos EUA não será ditada por Fidel Castro.
Na sexta-feira, Fidel disse que os norte-americanos encorajam a fuga de cubanos e ameaçou permitir que refugiados deixem o país rumo aos EUA. Em 1980, Fidel abriu o porto de Mariel, por onde saíram 125 mil cubanos.
O sequestro de três balsas por cubanos que queriam ir aos EUA em nove dias desencadeou distúrbios na sexta-feira em Havana.
Centenas de pessoas foram à área litorânea da capital cubana, onde entraram em choque com a polícia, nos piores distúrbios desde a revolução de 1959. Uma pessoa morreu e 35 ficaram feridas.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas cubanas afirmou que as tropas agirão com firmeza contra os "inimigos da revolução".
"Não seremos provocados, mas não se confundam, porque atuaremos com firmeza contra os que querem implantar o terror", disse o general Ulises Rosales del Toro.
A Guarda Costeira norte-americano informou ter recolhido 230 refugiados cubanos entre sexta-feira e domingo.

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