São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994 |
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Ricupero quer parcelamento
SÔNIA MOSSRI
Na prática, a equipe econômica encontrou mais um argumento para reduzir o impacto do reajuste no caixa do Tesouro Nacional: o aumento do consumo. A equipe vem dizendo ao grupo palaciano e aos ministros militares que já existem indícios de aumentos das vendas, o que poderia comprometer o Plano Real. Autorizando um reajuste em setembro e deixando a outra parcela para dezembro, a assessoria de Ricupero afirma que teria pelo menos três meses sem pressões por reajuste por parte dos ministros militares, da Secretaria de Administração Federal e do Planalto. Como os ministros militares não querem ser responsabilizados por eventuais dificuldades enfrentadas pelo plano, já aceitam o reajuste parcelado em duas vezes. No caso dos civis, a SAF avalia que poderá elevar em dezembro o aumento previsto de 14,28%. Os ministros Arnaldo Pereira (Emfa), Romildo Canhim (SAF), Henrique Hargreaves (Gabinete Civil), o advogado-geral da União, Geraldo Quintão, e o secretário do Tesouro, Murilo Portugal, reuniram-se ontem para tentar definir o percentual de setembro. A maior irritação da equipe econômica é com Canhim, acusado de alimentar o Planalto e os militares com informações que levaram o presidente a duvidar da equipe. Texto Anterior: Itamar culpa Fazenda por aumento salarial reduzido Próximo Texto: Leia o discurso do presidente Índice |
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