São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Petista diz que Ricupero faz propaganda de FHC
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
"Existem dois horários gratuitos: o dos partidos e o do Plano Real", disse Lula, referindo-se aos pronunciamentos de Ricupero sobre a nova moeda, na TV. Segundo o petista, as aparições televisivas de Ricupero "parecem, de vez em quando, mais propaganda do que outra coisa". Lula afirmou, de forma genérica, que integrantes do governo "mentem" sobre o plano econômico, "tentando vender uma ilusão ao povo". Ele disse que ter moeda forte é "obrigação moral" do país, mas mais importante é que a moeda tenha poder de compra, o que não ocorre com o real, na sua opinião. Segundo o candidato do PT, o governo poderia ter tomado há meses medidas em relação ao aumento do funcionalismo, crédito agrícola e salário mínimo, mas deixou as decisões para agora a fim de beneficiar FHC eleitoralmente. "É uma demonstração clara de que a máquina do Estado está voltada para o processo eleitoral", disse Lula. Acompanhado de Olívio Dutra, candidato do PT ao governo gaúcho, Lula fez comício, às 13h, no centro de Rio Grande (313 km ao sul de Porto Alegre). Cerca de 1.500 pessoas assistiram ao ato, segundo os organizadores e a Polícia Militar. Lula pediu aos militantes que não "se impressionem com as pesquisas" e saiam às ruas para pedir votos. O candidato se reuniu com trabalhadores portuários e pescadores. Os portuários pediram o apoio de Lula para revogação da lei 8.630, que prevê o controle dos portos pela iniciativa privada. Lula disse que a modernização dos portos não depende de privatização. Aos pescadores, o petista disse que, se eleito, criará uma secretaria para a pesca, ligada ao Ministério da Agricultura. Texto Anterior: Para PT, falta de alianças abala Lula Próximo Texto: Ganhadora do Nobel vem a SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |