São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994 |
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Quércia prepara ataques contra FHC
MÁRIO SIMAS FILHO
Os tiros serão disparados à queima-roupa, tentando explorar o que Quércia considera as contradições de seu concorrente tucano. Essas supostas contradições não vão se limitar às questões políticas, mas também abordará outras ligadas a convicções pessoais, como a crença em Deus. Também nos comícios, Quércia fará ataques aos concorrentes. Ontem, em Porto Alegre, onde esteve em campanha (leia texto nesta página), já criticou FHC. "Agora que ele (FHC) é candidato, passou a acreditar em Deus. Ele precisa contar aos eleitores quando e como se converteu. Afinal, as histórias de conversões são muito bonitas e isso aconteceu inclusive com São Paulo, o apóstolo", disse Quércia. Quércia se referia à mais famosa conversão bíblica. Saulo, um pagão que ironizava o Cristianismo, recebeu um sinal dos céus a caminho da cidade de Damasco e passou a ser um cristão ferrerenho. Mudou seu nome para Paulo. Quércia pretende, no próximo debate, cobrar o que os quercistas chamam de contradições entre discurso de campanha e ação política. A estratégia é tentar mostrar que o que tem sido dito por FHC no horário eleitoral de TV contradiz, segundo os quercistas, a política que o ministro FHC implantou. No próximo debate, Quércia deverá levar uma pasta contendo todos os números da cesta básica e do salário mínimo antes, durante e depois da gestão de FHC na Fazenda. "Ele (FHC) está pensando que o povo é bobo. Vai na televisão e faz um discurso de oposição. Diz que a saúde vai mal, mas não conta que, como ministro, reduziu de US$ 12 milhões para US$ 6 milhões o investimento nessa área", afirmou Quércia. "Como ministro, FHC foi incapaz de articular o Congresso e promover a reforma fiscal e agora fica prometendo fazer reformas. Para isso, é preciso um presidente forte, com comando no Congresso, e não um murista", disse. O primeiro e principal alvo de Quércia será FHC, mas o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, também está na mira do peemedebista. O ex-governador paulista irá direcionar seus ataques ao que chama de indecisão do PT. Texto Anterior: Munhoz perde 4 minutos na TV Próximo Texto: Prefeitos Índice |
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