São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994
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Munhoz perde 4 minutos na TV

DA REPORTAGEM LOCAL

Barroz Munhoz, candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PMDB, não terá direito a quatro minutos do seu programa no horário eleitoral gratuito de hoje.
O juiz Aclibes Burgarelli, do Tribunal Regional Eleitoral, tomou a decisão devido ao fato de Munhoz ter utilizado tempo de propaganda no horário eleitoral destinado aos candidatos a deputado do partido.
RecordA TV Record conseguiu ontem manter no ar o programa "Record em Notícias", que havia sido suspenso pelo TRE por dois dias.
Através de mandado de segurança, a emissora conseguiu sustar liminarmente a suspensão, determinada pelo TRE devido a representação do PT.
Segundo o juiz Celso Pimentel, que suspendeu o programa, os pastores Ronaldo Didini e o deputado Edson Ferrarini (PL-SP) cometeram, "em tese", crime de calúnia contra o candidato petista ao governo do Estado, José Dirceu, no programa do dia 4 de agosto.
Dirceu disse que, no programa, foi chamado de "representante de prática de guerrilha", de "pensar com uma arma na mão, atirando contra seus inimigos" e de "ter matado soldados inocentes". A representação foi aceita pelo juiz.
Na transcrição da fita feita pelo TRE, o pastor Didini, comentarista do "Record em Notícias", se dirige a Dirceu e diz: "por favor, pega um avião, eu vou lhe dar um conselho, e vai para Cuba. Seja feliz em Havana".
Dirceu foi preso político no regime militar e era militante estudantil de esquerda.
O deputado Ferrarini mencionou indiretamente que, ao votar em Dirceu, os eleitores poderiam estar elegendo pessoas que "mataram soldados inocentes".

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