São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994 |
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Comércio entre Brasil e EUA deve crescer 36%
DA REPORTAGEM LOCAL O embaixador do EUA no Brasil, Melvyn Levitsky, disse que seu país acompanha com interesse os esforços do Brasil para estabilizar a economia, combater a inflação e redistribuir a renda nacional."O sucesso do Plano Real vai permitir que o Brasil, mais forte e estável, possa arcar com suas responsabilidades internacionais." Ele disse que a estabilidade econômica tornará o Brasil um parceiro mais ativo para os EUA e aumentará as oportunidades de negócios para as empresas norte-americanas no país. Levitsky previu que o comércio entre o Brasil e os EUA deve atingir US$ 19 bilhões este ano, 36% a mais do que os US$ 13,9 bilhões registrados em 93. Ele participou ontem de um almoço com empresários da Câmara Americana de Comércio, em São Paulo, em comemoração aos 75 anos da entidade. Segundo o embaixador, "o Brasil está começando a perceber seu potencial no mercado global", depois de, durante muitos anos, não ter admitido o comércio e o investimento estrangeiros. Levitsky lembrou que o Brasil diminuiu as barreiras tarifárias de alguns produtos para 2%. Mas, segundo ele, apesar dos progressos feitos, existem "muitas questões difíceis a serem discutidas". O embaixador voltou a defender a abertura do mercado para o setor de telecomunicações e a aprovação da legislação de proteção da propriedade intelectual. Levistky disse que o Nafta, acordo de livre comércio da América do Norte, e o Mercosul formam a base para a criação, em breve, de uma zona livre de comércio nas Américas. Levitsky evitou fazer comentários sobre a campanha para as eleições presidenciais no país, limitando-se a dizer que "o Brasil está dando um grande exemplo para o desenvolvimento da democracia em todo o mundo". Texto Anterior: Norma cambial não muda até o fim deste ano Próximo Texto: Mercado futuro aposta em juro mais alto Índice |
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