São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994 |
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Polícia Civil treina guardas
LUIS HENRIQUE AMARAL
Para o delegado Aroldo Ferreira, do Dacar, os policiais civis "ainda não são preparados para cuidar de presos". Desde 1979, a Justiça determinou que os presos que aguardam julgamento deveriam permanecer nos DPs, não sendo levados para penitenciárias, como a Casa de Detenção, onde estão aqueles que cumprem pena. "A cada dia que passa aumenta a superlotação dos DPs, e a Polícia Civil teve que achar uma solução para o problema", diz Ferreira. Nos DPs, além dos presos que aguardam julgamento, estão sendo mantidas pessoas que cumprem penas. Segundo a polícia, 40% dos presos que estão nos DPs já deveriam estar em presídios. Segundo delegados ouvidos pela Folha, a construção dos cadeiões vai permitir que policiais que hoje se dedicam à guarda dos presos nos DPs passem para a investigação de crimes. O delegado titular do 7º DP (Lapa), Wander José Maia, afirma que, para evitar rebeliões, tem que "negociar 24 horas do dia" com os presos. A carceragem do distrito abriga cem presos. "O fato de não terem acontecido fugas nos últimos três anos é um milagre", diz o delegado Maia. "Na minha delegacia estão 120 presos. Só tenho duas viaturas e uma delas é usada exclusivamente para levar detentos a audiências no fórum", diz o delegado Luiz Antonio Rezende Rebello, do 47º DP (Capão Redondo). Segundo Rebello, isso prejudica o cumprimento do objetivo principal da polícia, de esclarecer crimes.(LHA) Texto Anterior: Pediatras desfazem mitos sobre crianças ; Remédio popular tem comprovação científica ; Fragmentar pedra nos rins tem risco calculado Próximo Texto: Prefeitura publica lista de alimentos condenados Índice |
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