São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994 |
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O teste do feminino
CIDA SANTOS A seleção feminina inicia nesta sexta-feira seu maior teste antes do Campeonato Mundial, em outubro, no Brasil. O time estréia no Grand Prix, a versão feminina da Liga Mundial, que reúne toda a elite do vôlei. Neste primeiro final de semana, as brasileiras vão enfrentar Holanda, Peru e China.O torneio não é fácil. Exige antes de tudo preparo físico e mental. Sabe lá o que é ficar 30 dias viajando por cidades da Ásia e da Oceânia e ter que entrar em quadra no melhor da sua forma? Doze seleções inscritas vão disputar ao todo nove quadrangulares e cada um deles será em uma cidade diferente como Jacarta, Macau, Seul e Manila. As finais serão em Shangai, na China. A atacante Hilma diz que já rodou tanto com a seleção por esse mundo que já não se assusta muito com as distâncias. O problema maior mesmo é o fuso horário e o cansaço das viagens. Com relação à comida, ela não se preocupa muito, mas também não viajou desprevenida. Levou na bagagem seus biscoitinhos e até mesmo latas de atum. O Grand Prix será uma prévia do Campeonato Mundial. Para se ter uma idéia, das 16 seleções inscritas no Mundial, apenas cinco não vão participar do GP: Ucrânia, República Tcheca, Quênia, Romênia e Azerbaijão. A grande expectativa das brasileiras é com relação à seleção cubana, campeã olímpica. Nesta temporada, o Brasil ainda não enfrentou o time completo de Cuba. Ou seja, com Magaly Carvajal, uma das melhores jogadoras do mundo, e Regia Torres. Na seleção masculina, a fase é de amistosos. E no primeiro, sábado contra a Itália, a vantagem foi brasileira. No início do jogo, o técnico Julio Velasco não conseguiu disfarçar a expressão de surpresa quando viu o Brasil em quadra com uma espécie de expressinho, meio time titular e meio reserva. O técnico Zé Roberto justificou a escalação da equipe. Diz que quer testar os outros jogadores, colocá-los em situações de competição. Pode ser, mas o que parece mais certo é que ele não está querendo colocar o time titular para jogar com a Itália. Prefere guardar suas cartas na manga da camisa. Afinal, as duas seleções são favoritas para a conquista da medalha de ouro do Mundial e a pouco mais de 30 dias para a estréia desta competição será que vale a pena jogar três vezes seguidas contra a Itália? Texto Anterior: Holandês sobe ao pódio pela 1ª vez Próximo Texto: Notas Índice |
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